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O BRASIL NA AMÉRICA DO SUL – 1

Uma Política De Boa Vizinhança?
Uma Visão Panorâmica


No momento em que os 12 (doze) países da América do Sul se reúnem para articular a criação de uma união institucional, dentro do seus interesses comuns, a UNASUL, vejo estampado na Folha de São Paulo (27.05.2008 – pg. A2), na coluna de uma jornalista, sob o título “Política de boa vizinhança”, uma frase extemporânea e distorcida, conotando um certo menosprezo ao Brasil e ao seu povo. Diz a frase:

             “ O Brasil é uma ilha de língua portuguesa num oceano de língua hispânica...”

É uma pequena frase repleta de preconceito e injúria. Uma frase corrosiva para os incautos. Afinal, que UNASUL (União das Nações Sul-Americanas) queremos, somos um país “tão insignificante”, como maliciosamente quer a autora da frase?! Como provaremos, mais adiante, esta informação é uma fraude que se propõe a confundir o leitor.

De uma coisa estou certo: a frase não é ingênua. Mas é uma informação temerária e inaceitável. É um posicionamento político estranho que parece encomendado. Se trocássemos “ilha” por “oceano” e “oceano” por “ilha” a frase ficaria mais aceitável. Vejamos como ficaria: “O Brasil é um oceano de língua portuguesa, com nove (9) ilhas de países de língua hispânica ao redor”. Fica mais correta mas ainda não satisfaz. A segunda parte deste estudo dá a base deste posicionamento.


2. É quase inacreditável que uma profissional de tal qualidade e competência tenha feito tão estranha e equivocada afirmação. Poucas pessoas de nível superior se atreveriam a assinar uma frase tão inadequada e tão comprometedora, tão injusta para com o Brasil. Aliás, o resto da frase não é menos equivocado e insensato. Denota falta de visão de um processo histórico dinâmico[1].

A imagem de “oceano de língua hispânica”, oposta a “ilha de língua portuguesa” deturpa a realidade dos fatos e desinforma o leitor. E não é apenas uma questão conceitual e política; é também uma questão de matemática. Uma “ilha” no “oceano”?! Quem é ilha e quem é oceano, no caso? É o que vamos verificar. A jornalista inverteu os valores, confundindo os dois pólos que estabeleceu: país de língua portuguesa x países de língua castelhana... Sabia onde estava mexendo.

O novo formato da frase fica ainda mais adequado trocando “oceano” por “continente”. Considero mais adequado falar de continente e ilhas, sendo o Brasil o continente, dada a sua extensão territorial, o número de seus habitantes e o seu PIB . Os demais países sendo ilhas, como adiante veremos e mantendo as figuras de linguagem da jornalista.

Por outro lado considero que não é de bom alvitre inventar polêmicas artificiais entre as duas línguas e os países em pauta que convivem bem, sem tropeços. São duas línguas muito respeitáveis e muito respeitadas. Quando somos atacados precisamos usar o escudo para nos defendermos. É o que faço aqui, tentando esclarecer os leitores Uso escudo e caneta, sem espada pois não há guerra à vista. Com todo o respeito que tenho ao trabalho da Sra. jornalista, não posso calar. Critico o texto e não a autora.


3. A afirmação em pauta é inaceitável cientificamente, xenófoba socialmente e deletéria politicamente. É uma afirmação leviana, espero que impensada. O tema da frase não está em jogo na crônica, não cabe e não é oportuna, nem pertinente. Não é sério tal confronto, com o falso juízo de valor, neste momento: deturpa a realidade dos fatos. Quem não conhece a realidade fica com a pseudo-verdade publicada. Por isso me senti provocado e reagi. Não consegui me calar pois seria omissão imperdoável.

Civicamente, meu dever de brasileiro, de estudioso, de professor de sociolingüística e de semiótica me obrigou a escrever algumas reflexões sobre o assunto, demonstrando meus argumentos com dados amplamente divulgados e inquestionáveis.

Acredito que alguém poderá querer ver a frase no seu devido lugar e com o devido efeito, a bem da verdade. Está na hora de deixar de levar aos leitores falsos e equivocados problemas, manipulando a opinião pública. Precisamos ser sensatos. Defender nossas posições no contexto das demais nações também é uma questão de soberania nacional. Ninguém poderá impunemente tirar-nos nada do que é nosso; nem o status.

A honra do país, também é patrimônio nacional que devemos defender sempre com vigor e sem leniência.

Precisamos saber legar aos nossos descendentes, às futuras gerações, um país ainda melhor do que aquele que herdamos ao nascer, sem perder nada de seu potencial. Nossa língua é um dos nossos mais fortes patrimônios. Não podemos ceder ao entreguismo oportunista.


4. Nesta manifestação irei provar o equívoco da frase mostrando que a situação está no lado oposto. Afirmo que a frase não se sustenta, mas se precisasse existir seria assim formulada:

“o Brasil é um continente de língua portuguesa

com nove ilhas de língua castelhana em seu redor”.

Os países da América do Sul que falam a língua castelhana são nove (9) e de fala portuguesa somos um (1), o Brasil. No entanto, sozinho, o Brasil supera os nove, como iremos demonstrar. A quantidade nem sempre é vantagem em si mesma nem dá superioridade, pois na UNASUL, supostamente se busca a harmonia, respeitando as diferenças e a identidade de cada um. Mas às vezes, os dados quantitativos ajudam a dirimir equívocos.


Tabela 1

PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL

Dimensão territorial, em Km²

(Países Sócios da UNASUL)

1.Brasil 8.511.996

2.Argentina 2.766.889

3.Peru 1.285.215

4.Colômbia 1.138.915

5.Bolivia 1.098.575

6.Venezuela 912.045

7.Chile 751.625

8.Equador 461.475

9.Paraguai 406.750

10.Guiana* 214.970

11.Uruguai 186.925

12.Suriname* 163.820


Total 17.899.900

Os países assinalados com (*) não são falantes do português nem do castelhano


Fonte: Atlas Geográfico Mundial da Folha

A frase que chamou minha atenção e me provocou a intervir no assunto é inoportuna na crônica e em qualquer outro contexto. Não temos o direito de confundir o leitor. É certo que, numa democracia, cada um é livre de falar o que quer, mas precisamos ser responsáveis. Não podemos enganar o leitor. Está aí a lei da imprensa e os direitos humanos.

Parece afirmação encomendada por “patrão” oculto. Mas tal atitude não combina com a jornalista. Então não se justifica. Minimamente é tentativa de agradar os hispânicos que certamente não lhe pedem tal tipo de regalo constrangedor. A talentosa jornalista se rebaixou gratuitamente ao tentar “agredir” a sua bela língua e seu promissor país. Ao tentar rebaixar a sua língua e o seu país, a si mesmo humilhou, perdeu credibilidade. Nem sua língua portuguesa nem seu país merecem esta irreverente atitude de desdém, numa comparação desastrada e falsa.


5. A meu ver, não pode ficar sem resposta e sem reparo, uma análise comparativa tão falsa e descabida, referindo-se a um país do porte do Brasil. Ao que parece ainda é moda falar mal do Brasil; mas é inadequada ao bom jornalismo. É preciso ter postura. Colocá-lo em posição inferior aos demais países da América do Sul?! É atitude impensável e não sei a quem possa interessar tal disparate...

Lembro que nossa língua é a terceira mais falada no ocidente; é bela, rica, versátil e forte; é um grande tesouro de que dispomos para pensarmos e nos comunicarmos; é um monumento de grandeza. Deve e merece ser respeitada por todos, principalmente pelos jornalistas. No momento em que se institucionaliza a união dos países da América do Sul, o Brasil não pode vacilar em suas dimensões e abdicar do peso que representa na UNASUL e no nosso mundo global. O Brasil precisa ser reconhecido como um país gigante, não só por suas dimensões territoriais, mas também pelo efetivo demográfico e pela grandeza de seu povo, um país continental, que tem consciência de seu papel na civilização, em termos globais e regionais.

6. Conclusão: Na Parte 2 deste documento provamos com dados que a frase em pauta é integralmente inaceitável. Politicamente é um risco e uma grande gafe, no momento em que o Brasil desponta como a grande esperança do mundo contemporâneo. O Brasil é um dos países favoritos, em muitos setores, para muita gente de alta respeitabilidade no mundo todo e ninguém acredita e nem simula acreditar em “Papai Noel”.

Apesar de tanto descalabro e de tanta corrupção, o país, ainda tem a marca da esperança e não é à toa, não é gratuitamente.

Há muitas falas, atitudes e ações de brasileiros que mancham a honra e a credibilidade do seu país. Denunciar a corrupção e todas as maracutais que se cometem no Brasil e a nossa insegurança e falta de educação à altura é algo meritório. Ferir a auto-estima com informações fraudulentas? Nunca.


Nota: Esta é a parte introdutória do estudo. Se o leitor quiser pode encontrar o trabalho completo no blogue: www.tribunatropical.blogspot.com ou no sítio: www.portaldalusofonia.com.br


Leia o estudo completo. Você vai gostar e vai ter mais orgulho do nosso Brasil.

Fale conosco pelo e-mail:

tribunadosaber@gmail.com

José Jorge Peralta


O BRASIL NA AMÉRICA DO SUL – 2

Uma Política De Boa Vizinhança?
Os Fatos Comprovam os Argumentos.

1. O presente texto “Brasil na América do Sul – 2” corresponde à segunda parte do “Brasil na América do Sul – 1. Com os dois estudos complementares pretendemos refutar uma frase de uma crônica publicada na Folha de São Paulo, no dia 27 /05/2008 – pg. A-2, sob o título “Política de boa vizinhança”. É autora, uma jornalista talentosa, respeitável e muito competente. Consideramos que a mesma cometeu um desvio da realidade, por isso damos aqui uma análise de dados que informam e dão sustentação aos nossos argumentos.

A frase em apreço diz “O Brasil é uma ilha de língua portuguesa num oceano de língua hispânica”.

Consideramos a frase incorreta, preconceituosa e injuriosa, com viés político tendencioso. Não corresponde à realidade dos fatos dos países em pauta: o Brasil e os nove países de fala castelhana do sub-continente.

Os argumentos estão na primeira parte. Aqui apresentamos e analisamos alguns dados estatísticos básicos pertinentes. Se puder, o leitor poderá ler o texto completo do Brasil na América do Sul neste mesmo portal.

Devo confessar que aprendi muito com a redação deste trabalho, ao menos sobre relações internacionais e suas estratégias. A gente sempre tem muito para aprender. “Até” os jornalistas colunistas.

Passo agora a comprovar meus argumentos com dados disponíveis e por partes:


2. Argumento Demográfico.

Em termos estatísticos, recomendamos a revisão da opinião emitida, por falsear a realidade. Vamos comprovar nosso argumento em termos demográficos comparativos.

Os dez países das nações Sul-americanas de língua latinas, (Folha, 24.5.2008 - p. A6) possuem um total contabilizado de 382.400.00 habitantes. Desses, 380.900.00 falam o português ou o castelhano; 189.300.000 são falantes do português e 191.800.000 são falantes do castelhano. Isto significa que teoricamente, o Brasil tem 50% dos habitantes da América do Sul, que falam português. Portanto, é estatisticamente igual o número de falantes do castelhano e do português, considerando os desvios de praxe. O Brasil é um único país de tamanho gigante, continental.


Deve pois ser reformulada a sua frase, como segue:

O Brasil é um grande continente de língua portuguesa, cercado de ilhas falantes do castelhano.


Mas preciso lembrar que muitas centenas de milhares de habitantes dos países vizinhos, na sua fronteira com o Brasil, falam o português, e não o castelhano. Isto não é novidade, para quem se debruça sobre questões de sócio-linguística, sem viés. Por outro lado, consta que os dados da Folha estão desatualizados e que o Brasil teria um número bem superior de habitantes. Neste caso preferimos os dados da Folha embora possam estar superados, por ser o jornal onde foi estampada a frase política.

Tabela 1

PRINCIPAIS LÍNGUAS FALADAS

NA AMÉRICA DO SUL


Brasil - falantes da Língua Portuguesa 189.300.000 49,50

Nove Países falantes da Língua Castelhana 191.800.000 50,15

Países falantes de outras línguas não latinas 1.300.000 0,34

Total de falantes nos países da UNASUL 382.400.000


Fonte: Folha de São Paulo: 24.05.2008

3. Não é de bom tom disputar quem é maior ou menor nesta questão.Mas os números devem ser levados em conta para garantir o bem comum, sem ditadores nem opressores. A disputa não tem sentido nem ajuda a convivência entre os povos. O que se espera é a harmonia e cooperação de todos para o bem comum, em questões de interesse comum. Que se respeitem as especificidades, a cultura e a identidade e as dimensões de cada um.


No entanto atitudes de subserviência e simulações artificiais para diminuir e discriminar a nossa língua e nosso país não configuram atitude tolerável e devem ser contestados e esclarecidas. Devem ser arguidas com veemência e lucidez e rejeitadas como inoportunas. Efetivamente trata-se de manifesto menosprezo à língua falada no Brasil, o que é atitude abominável e assustadora, em pleno século XXI. Critico o fato em si, sem querer atingir a autora. É que todos, ao cometermos erros, devemos voltar a trás para corrigi-los, tirando os tropeços de nossa caminhada.


4. Argumento econômico.

Se quisermos aprofundar a questão, no nível econômico, veremos que nem aqui ou muito menos aqui, é justificável ou tolerável a tentativa, certamente impensada, de reduzir o destaque do Brasil.

Então vejamos, ainda analisando os dados da folha (24.05): o PIB de 2007 dos países Sul Americanos, falantes das línguas portuguesa e espanhola foi de US$ 2.345.700.000.000. Deste total, coube ao Brasil US$ 1.313.600.000.000 e, aos 9 (nove) países de língua castelhana, um total de US$ 1.032.100.000.000 uma diferença significativa a favor do Brasil. Assim sendo, também a comparação no nível econômico deve ser assim reformulado:


O Brasil, em termos econômicos, é um grande continente de falantes de língua portuguesa, cercado por nove ilhas de falantes do castelhano.

Tabela 2

PIB dos Países da

América do Sul – (em bilhões de US$ - 2007) %


PIB do Brasil - Falante de Língua Portuguesa 1.313.600.000 55,92

PIB Dos 9 Países - de Língua Castelhana 1.032.100.000 43,93

PIB 2 Países Falantes de Outras Línguas 3.400.000 0,145

PIB Total da América do Sul(US$)- 2007 2.349.100.000 100%


Fonte Folha de São Paulo: 24.05.2008


5. Argumento Territorial.

Se pensarmos em termos de dimensões territoriais, teremos os seguintes parâmetros.

Área total da América do Sul: ........................17.990.900 Km²

Área total do Brasil: ..........................................8.511.996 Km²

Área total dos 9 países de língua castelhano:.....9.009.114 Km²

Área total dos 2 (dois) países de língua

não portuguesa nem castelhana: ...........................378.790 Km²

Área do Território francês: ......................................91.000 Km²

Área total dos 11 (onze) países, sem o Brasil:....9.387.904 Km²


Como vemos, também em termos geográficos, o Brasil ocupa quase 50 % dos territórios da América do Sul onde se fala português ou castelhano.

Portanto aqui também podemos inverter a frase:

O Brasil, em termos de dimensões territoriais, é um grande continente de falantes do português, cercado por nove ilhas de falantes do castelhano.

Tabela 3

Dimensões Territoriais da América do Sul

pelos Principais Grupos Linguísticos


Território do Brasil – Falantes da Língua Portuguesa 8.511.996 Km²

Território dos Nove (09) Países –

Falantes de língua Castelhana 9.009.114 Km²

Território dos dois (02) Países – Falantes de outra Línguas 378.790 Km²

Área total do Território Francês – Guiana Francesa 91.000 Km²

Área total da América do Sul 17.990.900 Km²


Fonte: Atlas Geográfico Mundial da Folha

Muitas outras comparações podem ser feitas, em outros parâmetros... Em quase todas, o Brasil leva vantagem positiva, em termos de América do Sul. Repito que acho lastimável a questão que a jornalista levantou; até porque um país tem muitas variáveis a considerar e é importante, hoje e sempre, manter a harmonia, a solidariedade, o respeito mútuo entre os povos.

Nosso país tem muito a melhorar em todos os setores, mas inferiorizá-lo, com análises inadequadas, preconceituosas e tendenciosas não ajuda nada. Aliás, todos os países precisam melhorar seu desempenho em muitos setores. Todos enfrentam graves problemas. Enfim não há razão nenhuma para alguns os falantes da língua portuguesa, talvez a serviço de interesses estranhos, mal informados, e pouco cultos, na América do Sul - Brasil, continuarem nos comparando em termos de inferioridade ou depreciativos, em relação aos falantes do castelhano, em todos os setores onde o Brasil leva inegável vantagem ou se mantém em pé de igualdade. Só se explica em casos de interesses escusos, com intenção de levar vantagens...

Não é novidade dizer que tantos países como empresas “lançam notícias pouco lisonjeiras pelo mundo” para enfraquecer aqueles que querem dominar ou de quem querem tirar vantagem.


7. Nós brasileiros precisamos estar à altura do momento em que vivemos. Precisamos cultivar mais a nossa auto-estima e lutar por nossos interesses sem prejudicar os outros países e sem se deixar prejudicar em questões de soberania nacional. Em eventual disputa do poder, o Brasil precisa saber se posicionar para preservar o que é seu, a serviço de um mundo melhor, com mais prosperidade e bem estar para todos. Precisa garantir o patrimônio que nos legaram as anteriores gerações.

É preciso com esse patrimônio, fazer o bem-estar do nosso povo. É preciso saber gerenciar o nosso patrimônio sem o dilapidar. Precisamos saber defender o que é nosso, sem frouxidão... chega de babaquice entreguista... Não podemos dilapidar nosso país, pois ele é um patrimônio nosso e das futuras gerações. A unidade do Brasil é outra imensa vantagem.


Podemos afirmar que o Brasil é a grande esperança da humanidade e o grande potentado da América do Sul. O Brasil, só ele, representa 50% da América do Sul, cabendo-lhe, por isso, uma responsabilidade imensa na UNASUL. O Brasil representa um número de habitantes equivalente ao total dos habitantes dos nove países falantes da língua castelhana. Aqui servi-me dos dados publicados recentemente pelo jornal Folha. No entanto há outros dados que provam que o número de falantes da língua portuguesa na América dos Sul é muito superior ao número de falantes do castelhano. Mantivemos os números publicados pela Folha.

Precisamos estar à altura de nossas responsabilidades e do papel que nos reserva a História. Precisamos saber legar às gerações futuras um país ainda melhor do que aquele que herdamos dos nossos país.

Nota de Esclarecimento:


Este estudo foi elaborado para refutar uma frase de uma crônica da jornalista

Eliana Cantanhêde, muito competente e respeitada, publicada na Folha de São Paulo, no dia 27 de maio de 2008, página A-2. Foi enviada uma súmula do texto à Folha e ofício e-mail à autora da crônica, que merece todo o meu respeito e admiração.

PS. Este estudo foi remetido para publicação no sítio web:

www.portaldalusofonia.com.br e no blog: www.tribunatropical.blogspot.com


O sítio é órgão do Instituto Tropical do Pensamento Contemporâneo – ITP, vinculado ao Instituto Edubrás.

Fale conosco e-mail:

tribunadosaber@gmail.com


José Jorge Peralta


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[1] A frase prossegue: “... mas, geração após geração, as elites brasileiras estudaram francês, inglês e até latim, suspiraram em Paris e deslumbraram-se nos shows da Broadway, sem saber qual é e onde é a capital do Peru”.

Estranha frase. Por acaso era diferente nos países de língua castelhana? Eles estudavam o português?!... Eles têm direito de optar e nós não?! Que liberdade é esta?! Há algo errado em estudar francês, inglês ou latim e suspirar em Paris, Londres, Lisboa, Madri, Roma ou no Tibet? Ou em outro pólo cultural do nosso mundo?! O fascismo persiste, na cabeça de muita gente?!A frase tem porte de babaquice.

Afinal cada um seguiu seu rumo livremente. Está certo. Hoje o mundo é outro e agimos e reagimos às novas exigências do convívio das nações.

Cada época deve saber decidir para atender às novas exigências.

 

GESTÃO: INSTITUTO TROPICAL DO PENSAMENTO CONTEMPORÂNEO - ITC.